terça-feira, 16 de julho de 2013

'Ele não recorda ter feito nada', diz defesa de suspeito de pedofilia no RN

 
 
Suspeito de ter aliciado pelo menos quatro crianças e adolescentes, o gerente de relacionamento de um banco de Campo Grande, cidade a 265 quilômetros de Natal, alega não ter conhecimento das acusações das vítimas. O advogado José Ethel Moraes explica que seu cliente "não tem noção" dos acontecimentos relatados pela adolescente de 16 anos que é companheira do suspeito.

"No depoimento gravado que ouvi ela conta que levava as pessoas para dentro da casa e as colocava para beijá-lo enquanto ele dormia", afirma o advogado. De acordo com José Ethel, a adolescente diz que o gerente estava dopado por remédios e bebida quando as crianças e adolescentes o beijavam. "Ele diz que não recorda de ter feito nada disso. Não tinha noção do que acontecia", explica a defesa do gerente.

Titular da Delegacia de Campo Grande, o delegado Rysklyft Factore informou ao G1 que pelo menos quatro crianças e adolescentes, com idades entre 11 e 14 anos, confirmaram ter sofrido aliciamento ou abuso. Estão confirmados para esta semana os depoimentos de mais quatro supostas vítimas.

O advogado informou que ainda não teve acesso aos autos do processo. José Ethel espera analisar a documentação na próxima semana, quando o inquérito for concluído pelo delegado. "Só depois disso saberei da possibilidade de pedir o relaxamento da prisão ou outra medida", diz. O suspeito está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraúbas, município a 296 quilômetros de Natal. Já a adolescente foi levada para o Centro Educacional (Ceduc) de Natal.

O delegado Factore informa que o gerente de relacionamento já respondeu a um processo por crimes sexual há 10 anos, mas foi absolvido. Além disso, em 2011 uma denúncia anônima apontava ele como suspeito de crimes sexuais em Campo Grande.

Prisão
 
O gerente de relacionamento foi preso na última quinta-feira (11) em operação coordenada pela Delegacia de Campo Grande. O delegado Factore conta que a investigação foi iniciada a partir de uma denúncia. De acordo com Factore, a companheira do suspeito atraía as crianças e adolescentes para a casa do gerente.

"Ela fazia amizade com as crianças, dava presentes, oferecia passeios de carro e moto. Depois levava as meninas para a casa dele, onde começava com brincadeiras para então aliciar ou abusar sexualmente as vítimas", relatou.

Uma das quatro vítimas ouvidas disse ter sofrido abuso sexual. "Chegou a haver penetração. As outras três foram forçadas a beijá-lo, resistiram e foram embora antes de manter relações", ressalta o titular da Delegacia de Campo Grande. Depois dos crimes as crianças e adolescentes eram ameaçadas para não falar nada sobre o que havia acontecido.

Além da prisão preventiva do suspeito e apreensão da companheira adolescente, a polícia apreendeu na casa do gerente uma pistola 9 milímetros, de uso restrito das Forças Armadas.
 
Fonte: G1 RN

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