O Rio Grande do Norte tem 12 cidades que dependem 
exclusivamente da água trazida pelos carros-pipa. A maioria está na 
região do Alto Oeste. São elas: Luís Gomes, Riacho de Santana, Água 
Nova, Pilões, João Dias, Antônio Martins, Olho D’água dos Borges, 
Serrinha dos Pintos, Doutor Severiano, Equador, Carnaúba dos Dantas e 
São José do Seridó.  Ontem, o Governo do Estado reconheceu a paralisação
 dos sistemas nesses municípios. Na quinta-feira (10), a Secretaria de  
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) informou que eram seis 
cidades nessa situação.
A escassez de água afeta diretamente as zonas rurais de 122 
municípios no Estado, ou seja, 73% das cidades potiguares. Essa é 
considerada a pior estiagem dos últimos 30 anos. Na Operação Pipa, o 
Governo do Estado atende 28 cidades e o Exército, outras 94. A Defesa 
Civil do RN contratou 31 carros-pipa que distribuem água para a 26.727 
pessoas. Já o Exército atua com 246 carros-pipa e beneficia 199.198 
pessoas.
Ontem, o Governo do Estado divulgou as ações que estão sendo 
realizadas para o enfrentamento da estiagem. Uma dessas soluções é o 
monitoramento dos mananciais de abastecimento. Obras estruturantes, 
monitoramento de mananciais e a busca de fontes alternativas de 
abastecimento completam as ações.
Segundo o secretário de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, 
Gilberto Jales, 12 poços foram perfurados na cidade de Luís Gomes, que 
também recebe o reforços de carros-pipa. A previsão é que sejam 
perfurados mais 52 poços, até fevereiro, principalmente na Região do 
Alto Oeste que apresenta a situação mais crítica. A Região do Seridó 
começa a apresentar cidades com colapso de abastecimento.
Estão sendo feitas 700 barragens subterrâneas sob a responsabilidade 
do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Outras 
duas mil barragens estão previstas. A Caern, juntamente com a Semarh e o
 Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), trabalha 
para a busca de novas fontes de abastecimento e no planejamento para 
eventuais necessidades de racionamento.
Fonte: Tribuna do Norte