Cézar Alves/Da Redação
O comerciante Paulo Sérgio Salviano, de 43 anos, pegou 22 anos de
prisão por ter matado Dalvaneide Bilro da Silva, na época com 32 anos,
na estrada entre Lajes e Pedra Preta.
O crime aconteceu na noite do dia 23 de setembro de 2010 e Paulinho,
como é mais conhecido na região Central, foi preso preventivamente
poucos dias depois.
O julgamento, que começou às 9h, foi transferido para Mossoró por que
ficou comprovado que amigos e familiares do réu estavam tentando
influenciar os jurados em Lajes.
A presidência dos trabalhos é do juiz Vagnos Kellei Figueiredo de Medeiros.
O promotor Armando Lúcio Ribeiro representou o Ministério Público
Estadual no caso. O advogado Boanerges Gomes de Lima defendeu a tese de
defesa do réu.
O promotor Armando Lúcio pediu a dispensa das testemunhas do caso:
Maria Margarete de Sousa Cunha, Adson Flavio Félix, Francisco Canindé
Félix, Francisca Adalgisa de Sousa Salviano.
Em sua fala, promotor de justiça pediu a condenação do réu por
homicídio qualificado. Mostrou uma série de contradições nos depoimentos
do réu.
O advogado de defesa disse que Noé foi o primeiro a tomar um porre e
ficar em coma alcóolico e que seu cliente, Paulinho, poderia ter
comedido o crime em situação de coma.
Depois dos debates entre promotor de justiça e advogado de defesa, o
juiz Vagnos Kelly Figueiredo chamou o Conselho de Sentença (sete homens)
a Sala secreta.
O Conselho de Sentença considerou o réu culpado pelo crime e o condenou
a 20 anos de prisão. A pena foi aumentada em dois anos em função da lei
Maria da Penha.
O crime
O réu Paulo Sério teria matado a comerciária Dalvaneide Bilro da Silva,
numa estrada carroçável entre as cidades de Lajes e Pedra Preta, na
noite do dia 22 de setembro de 2010. O acusado havia mantido relações
sexuais com a vítima pouco antes do crime, destaca o promotor Armando
Lúcio Ribeiro na denúncia feita em plenário.
Inicialmente Paulo Sérgio não foi preso. Inventou que havia sofrido um
assalto e a Dalvaneide teria reagido e sido baleada. Disse que foi
colocado na mala de um carro e deixado perto de Natal. Entretanto, esta
versão não convenceu a polícia e muito menos a justiça.
Os indícios materiais apontavam que Paulo Sérgio havia matado Dalvaneide.
Os dois eram amantes. Diante do quadro, a Polícia pediu e a juíza a
Nadja Bezerra Cavalcanti decretou a prisão provisória. Ao final da
investigação, no dia 22 de outubro, a juiz decretou a prisão preventiva,
e o réu foi recolhido ao sistema penitenciário estadual.
Paulo Sério foi pronunciado para julgamento em Lajes no plenário da
Câmara Municipal de Lajes, mas membros do corpo de jurados da cidade
foram procurados por parentes e amigos do réu para não condena-lo. O
Ministério Público Estadual, diante do quadro, pediu a transferência do
julgamento para o Fórum Municipal de Mossoró.
Fonte: Jornal de Fato