terça-feira, 10 de setembro de 2013

Comerciante pega 22 anos de prisão por ter matado a amante em Lajes



Cézar Alves/Da Redação

O comerciante Paulo Sérgio Salviano, de 43 anos, pegou 22 anos de prisão por ter matado Dalvaneide Bilro da Silva, na época com 32 anos, na estrada entre Lajes e Pedra Preta.
Veja sentença na ÍNTEGRA.

O crime aconteceu na noite do dia 23 de setembro de 2010 e Paulinho, como é mais conhecido na região Central, foi preso preventivamente poucos dias depois.

O julgamento, que começou às 9h, foi transferido para Mossoró por que ficou comprovado que amigos e familiares do réu estavam tentando influenciar os jurados em Lajes.

A presidência dos trabalhos é do juiz Vagnos Kellei Figueiredo de Medeiros.

O promotor Armando Lúcio Ribeiro representou o Ministério Público Estadual no caso. O advogado Boanerges Gomes de Lima defendeu a tese de defesa do réu.

O promotor Armando Lúcio pediu a dispensa das testemunhas do caso: Maria Margarete de Sousa Cunha, Adson Flavio Félix, Francisco Canindé Félix, Francisca Adalgisa de Sousa Salviano.

Em sua fala, promotor de justiça pediu a condenação do réu por homicídio qualificado. Mostrou uma série de contradições nos depoimentos do réu.

O advogado de defesa disse que Noé foi o primeiro a tomar um porre e ficar em coma alcóolico e que seu cliente, Paulinho, poderia ter comedido o crime em situação de coma.

Depois dos debates entre promotor de justiça e advogado de defesa, o juiz Vagnos Kelly Figueiredo chamou o Conselho de Sentença (sete homens) a Sala secreta.

O Conselho de Sentença considerou o réu culpado pelo crime e o condenou a 20 anos de prisão. A pena foi aumentada em dois anos em função da lei Maria da Penha.
 
O crime

O réu Paulo Sério teria matado a comerciária Dalvaneide Bilro da Silva, numa estrada carroçável entre as cidades de Lajes e Pedra Preta, na noite do dia 22 de setembro de 2010. O acusado havia mantido relações sexuais com a vítima pouco antes do crime, destaca o promotor Armando Lúcio Ribeiro na denúncia feita em plenário.

Inicialmente Paulo Sérgio não foi preso. Inventou que havia sofrido um assalto e a Dalvaneide teria reagido e sido baleada. Disse que foi colocado na mala de um carro e deixado perto de Natal. Entretanto, esta versão não convenceu a polícia e muito menos a justiça.

Os indícios materiais apontavam que Paulo Sérgio havia matado Dalvaneide.

Os dois eram amantes. Diante do quadro, a Polícia pediu e a juíza a Nadja Bezerra Cavalcanti decretou a prisão provisória. Ao final da investigação, no dia 22 de outubro, a juiz decretou a prisão preventiva, e o réu foi recolhido ao sistema penitenciário estadual.

Paulo Sério foi pronunciado para julgamento em Lajes no plenário da Câmara Municipal de Lajes, mas membros do corpo de jurados da cidade foram procurados por parentes e amigos do réu para não condena-lo. O Ministério Público Estadual, diante do quadro, pediu a transferência do julgamento para o Fórum Municipal de Mossoró.

Fonte: Jornal de Fato

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