O ano de
2012 está marcado pela violência contra policiais do Rio Grande do Norte. É o
que acredita a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do estado.
Ontem (5), durante uma perseguição em Lajes Pintada, mais um policial militar
perdeu a vida em confronto com bandidos. Fernando Quirino do Nascimento foi o
nono PM assassinado até novembro, de acordo com dados levantados pela
Associação. A maioria dos policiais mortos estava de folga no momento dos
crimes.
Além dessas
nove mortes, outros 11 policiais militares sofreram atentados ao longo deste
ano e ficaram feridos. "Nós não só lamentos as mortes desses homens, como
ficamos bastante preocupados. Até porque atribuímos isso principalmente à
questão da impunidade. Na maioria desses casos, a família ainda não viu a
justiça ser feita. Para se ter um exemplo, no ano passado, tivemos a morte
soldado Ramalho, que completou um ano nesta segunda, e até agora nada foi
feito", comenta o soldado Roberto Campos, presidente da ACS-PM.
De acordo
com ele, essa não é uma realidade apenas do Rio Grande do Norte e, por isso,
cobra providências para garantir também segurança aos policiais. "Os
nossos representantes nas instituições legislativas, como Câmara dos Deputados
e Senado, precisam criar leis mais duras, não só para proteger a sociedade, mas
também resguardar quem protege a vida da sociedade" avaliou Roberto
Campos.
O
presidente da ACS-PM cita ainda que a fragilidade do sistema de segurança
pública coloca em risco a vida dos policiais, principalmente no interior do
Estado. "Sempre temos registros de atentados e roubos de armamentos em
bases policiais, o que mostra uma clara desmoralização da estrutura de
segurança. É preciso uma resposta e contratação imediata para aumentar efetivo,
principalmente no interior, onde os policiais estão sendo humilhados. Hoje, na
maioria dos municípios são apenas dois homens por dia, tornando-os muito
vulneráveis".
Ao longo
destes 11 meses de 2012, foram registrados seis atentados contra as bases e
viaturas da Polícia Militar, sendo três deles em Natal. O presidente da ACS-PM
comenta ainda que não só os policiais militares sofrem com essa fragilidade e
insegurança. Ele cita como exemplo a morte de dois policiais civis em setembro
deste ano.
Fonte: TN Online