Estudo da Emparn mostra que entre os anos de 1960 e 2012 a temperatura aumentou 2ºC na Grande Natal, número considerado alto pelos especialistas. |
A região metropolitana de Natal pode não conseguir suprir sua
necessidade de água depois do ano de 2040, caso a temperatura média da
região aumente em 3ºC. O aumento da população e consequente aumento no
consumo de água também vão contribuir para a escassez. O crescimento da
frota de veículos automotores e da emissão de gases poluentes,
causadores do efeito estufa, também podem aumentar a temperatura média,
que provoca ainda doenças cardíacas e respiratórias. Entre os anos de
1960 e 2012 a temperatura aumentou 2ºC, número considerado alto pelos
especialistas. Além das condições climáticas, o crescimento imobiliário e
a falta de saneamento contribuem para a poluição e consumo desordenado
de água.
O meteorologista Gilmar Bristot, que assinou a pesquisa, contou que o
estudo foi desenvolvido a partir do consumo diário por pessoa da região
metropolitana (220 litros por dia), projetando-se a população da região
para as próximas décadas com base no crescimento apresentado nos últimos
anos (23,6%), e associando-se a temperatura e a capacidade hídrica de
cada uma das cidades. "Relacionando estar variantes, chegamos ao
resultado", pontuou. Bristot também fez projeções para o caso da
temperatura média aumentar em 2ºC na região metropolitana. Desta forma,
segundo o estudo, a capacidade hídrica seria insuficiente para o
abastecimento em 2060. Os dados da Emparn apontam que atualmente a
região metropolitana consome 3,24 metros cúbicos por segundo de água,
mas produz 25,06 metros cúbicos por segundo. Com um aquecimento de 2ºC e
o aumento populacional, haveria problemas com o abastecimento de água. A
produção cairia para 10m³/s, para um consumo de 11m³/s.
Mais de 30 poços da Caern estão contaminados
Do total de 131 poços perfurados pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) em Natal, mais de 30 estão contaminados por nitrato, substância decorrente da poluição da água por coliformes fecais. Segundo Lamarcos Teixeira, gerente da Regional Natal-Sul da Caern, a água retirada desses poços é diluída nos mananciais de superfície antes de ser destinada ao consumo. A concentração de nitrato permitida para o uso humano é de 10 miligramas por litro. Lamarcos Teixeira confirmou que em alguns poços o índice chega a 15mg/L. "Depois da diluição, esse número fica entre oito e nove miligramas por litro", afirmou.
Na zona Norte da capital, 70% do abastecimento é realizado através de mananciais de superfície, as lagoas. Em Natal e na região metropolitana, a situação se inverte: 70% da água utilizada no abastecimento é retirada dos mananciais subterrâneos. Atualmente, apenas 35% da capital potiguar é saneada, o que aumenta os índices de contaminação. Normalmente, quando o esgoto não é levado para tratamento, benefício do saneamento básico, é despejado em fossas e/ou sumidouros, que permitem a infiltração no solo. Esses dejetos seguem até os lençóis freáticos, contaminando a água.
Do total de 131 poços perfurados pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) em Natal, mais de 30 estão contaminados por nitrato, substância decorrente da poluição da água por coliformes fecais. Segundo Lamarcos Teixeira, gerente da Regional Natal-Sul da Caern, a água retirada desses poços é diluída nos mananciais de superfície antes de ser destinada ao consumo. A concentração de nitrato permitida para o uso humano é de 10 miligramas por litro. Lamarcos Teixeira confirmou que em alguns poços o índice chega a 15mg/L. "Depois da diluição, esse número fica entre oito e nove miligramas por litro", afirmou.
Na zona Norte da capital, 70% do abastecimento é realizado através de mananciais de superfície, as lagoas. Em Natal e na região metropolitana, a situação se inverte: 70% da água utilizada no abastecimento é retirada dos mananciais subterrâneos. Atualmente, apenas 35% da capital potiguar é saneada, o que aumenta os índices de contaminação. Normalmente, quando o esgoto não é levado para tratamento, benefício do saneamento básico, é despejado em fossas e/ou sumidouros, que permitem a infiltração no solo. Esses dejetos seguem até os lençóis freáticos, contaminando a água.
Fonte: Tribuna do Norte
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