A mina de ouro Crusader, em Currais Novos, busca alternativa para garantir abastecimento d´água |
A falta d'água para a exploração e beneficiamento de minério, decorrente
da seca no Rio Grande do Norte, tem levado várias mineradoras a reduzir
a produção e conceder férias a boa parte dos funcionários. A Mineradora
Nosso Senhor do Bonfim, inaugurada em setembro de 2012 em Lajes, chegou
a reduzir a produção pela metade. Segundo o presidente da empresa, Luiz
Antonio Vessani, a mineradora está operando abaixo da capacidade desde
dezembro. Ele ainda não calculou os prejuízos, mas garante que está
operando 'no vermelho' há pelo menos seis meses.
O açude que abastecia a mina secou e a água do 'fundo da mina' está
diminuindo. Para não suspender as atividades, a Bonfim tem tratado só
2,5 mil toneladas das 5 mil toneladas de minério que costuma tratar por
mês. O volume de scheelita e ouro produzidos em solo potiguar caiu pela
metade. Não há uma data para retornar ao patamar original.
A mineradora chegou a conceder férias coletivas para 60 dos 140 empregados em dezembro. Aos poucos eles reassumem os postos. "Paramos de beneficiar no mês passado. Só lavramos. Vamos voltar a beneficiar o minério, por isso os funcionários estão voltando". Vinte funcionários permanecem de férias. Vessani diz que a água disponível acabará dentro de três meses. Caso não chova até lá, a produção será totalmente paralisada. "Não temos como manter a produção, se não chover". A suspensão das atividades, segundo ele, acarretaria na demissão de parte dos funcionários. Vessani cogita pedir ajuda ao governo.
A Mineradora Nosso Senhor do Bonfim, segundo Otacílio Carvalho, mestre em Geologia pela Universidade de Brasília (UNB) e professor de Geologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), não é a única afetada no estado. De acordo com o Sindicato da Mineração do RN, todas as mineradoras que dependem da água de açudes ou poços estão enfrentando este problema.
A Mineração Currais Novos, do grupo Canadense Largo Resources, chegou a interromper o beneficiamento de scheelita durante dois meses. As atividades foram retomadas no início deste mês depois que a empresa gastou R$ 100 mil na perfuração de 14 poços. A solução, reconhece Joab Fernandes, assistente administrativo da mineradora, é paliativa. "Acreditamos que a água dos poços acabará dentro de três ou quatro meses", afirma. Segundo ele, a mineradora chegou a conceder férias para 20 dos 49 funcionários, em dezembro, quando o açude secou.
Ainda em fase de pesquisas, a mina São Francisco, do grupo australiano Crusader, não chegou a ser afetada. A falta de água, no entanto, já preocupa o diretor-presidente da empresa, Robert Smakman. "A oferta de água é um grande desafio para o nosso projeto. Não começamos a produzir ainda, mas já estamos procurando uma alternativa para garantir água", afirmou.
Para evitar que projetos como esse sejam inviabilizados pela falta d'água, fundamental, segundo os empresários para a atividade, o Sindicato de Mineração do RN agendou uma audiência com o governo do estado para o final de fevereiro. O objetivo, segundo Mário Porto, presidente do sindicato, é buscar uma solução a curto prazo. A Secretaria de Desenvolvimento do RN foi procurada no início da noite, mas não disponibilizou porta-voz.
Só a Bonfim consome 500 mil litros d'água por dia.
A mineradora chegou a conceder férias coletivas para 60 dos 140 empregados em dezembro. Aos poucos eles reassumem os postos. "Paramos de beneficiar no mês passado. Só lavramos. Vamos voltar a beneficiar o minério, por isso os funcionários estão voltando". Vinte funcionários permanecem de férias. Vessani diz que a água disponível acabará dentro de três meses. Caso não chova até lá, a produção será totalmente paralisada. "Não temos como manter a produção, se não chover". A suspensão das atividades, segundo ele, acarretaria na demissão de parte dos funcionários. Vessani cogita pedir ajuda ao governo.
A Mineradora Nosso Senhor do Bonfim, segundo Otacílio Carvalho, mestre em Geologia pela Universidade de Brasília (UNB) e professor de Geologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), não é a única afetada no estado. De acordo com o Sindicato da Mineração do RN, todas as mineradoras que dependem da água de açudes ou poços estão enfrentando este problema.
A Mineração Currais Novos, do grupo Canadense Largo Resources, chegou a interromper o beneficiamento de scheelita durante dois meses. As atividades foram retomadas no início deste mês depois que a empresa gastou R$ 100 mil na perfuração de 14 poços. A solução, reconhece Joab Fernandes, assistente administrativo da mineradora, é paliativa. "Acreditamos que a água dos poços acabará dentro de três ou quatro meses", afirma. Segundo ele, a mineradora chegou a conceder férias para 20 dos 49 funcionários, em dezembro, quando o açude secou.
Ainda em fase de pesquisas, a mina São Francisco, do grupo australiano Crusader, não chegou a ser afetada. A falta de água, no entanto, já preocupa o diretor-presidente da empresa, Robert Smakman. "A oferta de água é um grande desafio para o nosso projeto. Não começamos a produzir ainda, mas já estamos procurando uma alternativa para garantir água", afirmou.
Para evitar que projetos como esse sejam inviabilizados pela falta d'água, fundamental, segundo os empresários para a atividade, o Sindicato de Mineração do RN agendou uma audiência com o governo do estado para o final de fevereiro. O objetivo, segundo Mário Porto, presidente do sindicato, é buscar uma solução a curto prazo. A Secretaria de Desenvolvimento do RN foi procurada no início da noite, mas não disponibilizou porta-voz.
Só a Bonfim consome 500 mil litros d'água por dia.
Fonte: Tribuna do Norte
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