O governo anunciou nesta sexta-feira (30) que a presidente Dilma Rousseff vetou parcialmente a lei dos royalties petróleo. A lei foi aprovada pelo Congresso no começo do mês,
derrotando a proposta do governo, que queria modificar apenas os
contratos futuros e destinar 100% dos recursos para a educação. Com o
veto, a presidente Dilma retoma as propostas defendidas pelo governo.
O veto será oficializado na segunda-feira em publicação no Diário
Oficial da União. A presidente vetou na íntegra o artigo 3º, que mudava a
partilha dos royalties em contratos já vigentes, e fez mais quatro ou
cinco vetos menores. Além disso, enviou uma Medida Provisória (MP) ao
Congresso para recompor o artigo vetado.
Segundo o ministro Edison Lobão, o veto foi orientado para respeitar os
contratos já existentes. Para o ministro, modificar a partilha desses
contratos é inconstitucional e comprometeria os municípios e Estados que
já utilizam esse recurso.
Segundo a ministra Gleise Hoffman, a Medida Provisória mantém
integralmente a partilha dos royalties futuros, na mesma proporção
decidida pelo Congresso, com as única diferença de que esses recursos
passam a ser vinculados a despesas na área da educação.
A lei passará a valer já para a próxima rodada de licitações do
pré-sal, prevista para maio de 2013. Para que isso aconteça, o Congresso
precisa aprovar o veto e a MP ainda no começo de 2013.
Royalties futuros para a educação
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a Medida Provisória
que será enviada ao Congresso vai reestabelecer a proposta de destinar
100% dos royalties do petróleo de contratos futuros para a educação e
50% dos rendimentos do fundo social do pré-sal. "Todos os royalties irão
para a educação. Isso envolve todas as prefeituras, Estados, União, que
terão que destinar 100% dos futuros royalties. Porque só a educação vai
fazer o Brasil se tornar uma nação desenvolvida", disse Mercadante.
Segundo o ministro, a receita dos royalties deverá ser um acréscimo ao
mínimo constitucional que municípios, Estados e União já distribuem para
a educação. "A receita do petróleo será adicionada às porcentagens que
já são usadas com educação. O que vier de royalties é para acrescentar",
disse.
Fonte: Redação Época
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